segunda-feira, 24 de junho de 2013

A HISTÓRIA DO VIBRADOR




Em meados do século XIX a ansiedade, a irritabilidade e a insônia eram reclamações frequentes de mulheres em consultórios psiquiátricos. 
Entre os médicos, o diagnóstico mais comum era de "histeria " , vista como a doença do ventre, causada pela negligência que o útero sentia. Platão tinha a teoria de que o útero era um animal dentro de um animal e de tempos em tempos ficava completamente fora de controle, por isso tinha que ser acalmado. 


De acordo com a crença maluca, o animal se acalmava massageando a vulva e a tal massagem provocava uma “crise”, tipo uma febre, batizada de “paroxismo histérico”( termo medico utilizado para o orgasmo, durante a era vitoriana), que apresentava algumas contrações e lubrificação e, depois dela, a mulher se sentia melhor por um tempo.

A histeria era crônica e as mulheres tinham que voltar ao médico de tempos em tempos.



Os médicos, por sua vez, perdiam muito tempo no tratamento, feito através dessa estimulação manual, então em 1869 o médico norte-americano George Taylor patenteou o primeiro vibrador e o batizou de The manipulator. Nada de pilha, bateria ou eletricidade: o primeiro vibrador era movido a vapor. 



Alguns anos depois, em 1880, apareceu o vibrador movido a manivela, inventado pelo inglês Joseph Mortimer Granville.





 

O primeiro vibrador elétrico só começou a ser comercializado no século XX, em 1902, pela empresa norte-americana Hamilton Beach, especializada em equipamentos de cozinha. Enfim, o remédio para curar a histeria feminina poderia ser levado para dentro dos lares.





Mesmo tendo se tornado um objeto doméstico, até os anos 1920, os vibradores não eram brinquedos sexuais. A publicidade da época, inclusive, anunciava as várias utilidades do produto – e nenhuma delas era erótica. 
 

 





Mas nos anos seguintes, os vibradores começaram a ser utilizados em filmes pornográficos e a sua imagem ganhou uma conotação sexual. Aos poucos, os brinquedos foram sendo proibidos pelos maridos e as propagandas em revistas e jornais começaram a desaparecer. 

                                                         O remédio virou fetiche.


Com a revolução sexual, em 1960 as mulheres se viram mais livres para usar esses brinquedinhos, conquistando assim, mais autonomia na sua vida sexual. 
Em 1998, eles começam a ocupar um espaço tão expressivo na vida das mulheres que, até a mídia passa a dar lugar de destaque ao acessório, como na série Sex in the City, quando suas protagonistas adquirem algum desses produtos. 






Hoje em dia, podemos encontrar inúmeros modelos, tamanho e funções para esses aparelhos. Eles podem ser a reprodução fiel de um pênis, ter o formato de bolinhas coloridas que você pode carregar na bolsa ou o formato de um batom. 


Há até modelos com dispositivos interativos, como os que são ativados com mensagens enviadas pelo celular ou conectados ao ipod, que reproduzem vibrações de acordo com a música que está sendo reproduzida. E ainda vibradores para o casal usar juntos.

 





O filme Hysteria contou as curiosidades da invenção desse objeto.